O Alojamento Conjunto faz parte dos setenta e dois leitos de Obstetrícia do HMMR, que também é composto pela ala de Enfermarias de Gestantes. As enfermarias são equipadas com a cama para a mãe e a cadeira do “papai”, que permite a presença de um acompanhante (é direito da paciente um acompanhante de sua escolha durante todo o período de internação). Sua estrutura física conta com um banheiro com água quente exclusivo à paciente; bancada com pia, água quente e fria.

A grande diferença entre as Enfermarias de Gestante e o Alojamento Conjunto é o berço do recém-nascido, que vazio pode ser usado como banheira, apoiado na bancada para higiene do bebê.
Após ser internada, a gestante permanece na Enfermaria de Gestante até sua ida ao CPN ou CCO. Após o parto a, agora, puérpera é transferida com seu bebê para o Alojamento Conjunto, onde permanecem juntos 24h por dia até a alta hospitalar. A estratégia tem como objetivo aumentar o vínculo entre mãe e bebê, envolver a mãe nos primeiros cuidados com o recém-nascido sob a orientação da equipe de enfermagem, facilitar a visita e o atendimento médico do obstetra e pediatra em um só lugar, entre outras.

O Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno define Alojamento conjunto e suas vantagens:
“II – Definição
1 – ALOJAMENTO CONJUNTO é um sistema hospitalar em que o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe, 24 horas por dia, num mesmo ambiente, até a alta hospitalar. Tal sistema possibilita a prestação de todos os cuidados assistenciais, bem como a orientação à mãe sobre a saúde do binômio mãe e filho.
2 – A colocação do recém-nascido junto à mãe de forma descontínua não oferece as vantagens citadas e não é, por definição, considerada como “Alojamento Conjunto”.
III – Vantagens
A permanência do recém-nascido sadio com sua mãe, com a prática de ações que configuram o sistema conhecido como “Alojamento Conjunto”, tem por vantagens:
- a) estimular e motivar o aleitamento materno, de acordo com as necessidades da criança, tornando a amamentação mais fisiológica e natural. A amamentação precoce provoca a contração do útero e de seus vasos, atuando como profilaxia das hemorragias pós-parto; 6
- b) favorecer a precocidade, intensidade, assiduidade do aleitamento materno, e sua manutenção por tempo mais prolongado;
- c) fortalecer os laços afetivos entre mãe e filho, através do relacionamento precoce;
- d) permitir a observação constante do recém-nato pela mãe, o que a faz conhecer melhor seu filho e possibilitar a comunicação imediata de qualquer anormalidade;
- e) oferecer condições à enfermagem de promover o treinamento materno, através de demonstrações práticas dos cuidados indispensáveis ao recém-nascido e à puérpera;
- f) manter intercâmbio biopsicossocial entre a mãe, a criança e os demais membros da família;
- g) diminuir o risco de infecção hospitalar;
- h) facilitar o encontro da mãe com o pediatra por ocasião das visitas médicas para o exame do recém-nascido, possibilitando troca de informações entre ambos;
- i) desativar o berçário para recém-nascidos normais, cuja área poderá ser utilizada de acordo com outras necessidades do hospital.”