Dados do artigo Asthma and COVID-19: a systematic review, publicado na Biomedcentral (BMC), analisou dados epidemiológicos durante os primeiros seis meses da pandemia sugerem que o risco para quadros graves de Covid-19 não chega a 2% de pacientes com diagnóstico prévio de asma.
A pesquisa publicada na revista científica Annals of the American Thoracic Society, foi analisada no Brasil por pesquisadores da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e da Faculdade de Enfermagem (Fenf) da Unicamp. A partir dos artigos, estudos indicam que não é considerado fator de risco para o desenvolvimento da Covid-19, o fato de um paciente ter diagnóstico prévio de asma.
A equipe envolvida no estudo também integra o Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (Cepid-OCRC), um dos centros de pesquisa, inovação e difusão, mantidos pela Fapesp.
“Asma é uma doença inflamatória crônica que acomete os brônquios e resulta em crises de tosse e falta de ar. A forma mais comum de asma é o efeito de uma resposta alérgica contra componentes dos ácaros, fungos, pólens e animais domésticos. Se não for adequadamente tratada, a asma pode levar a uma perda progressiva da função respiratória e, eventualmente, à morte precoce.
Por causa do componente inflamatório e da sua natureza crônica, a asma pode aumentar a chance do desenvolvimento de formas mais graves de pneumonias causadas por vírus e bactérias. Assim, acreditava-se que pacientes com asma seriam mais vulneráveis à infecção pelo SARS-CoV-2, o vírus causador da Covid-19. Mas, considerando que foram analisados todos os artigos científicos relacionados à Covid-19 publicados no princípio da pandemia – primeiros seis meses – os autores acreditam que a asma não se constitui condição importante de risco.”
Matéria original publicada no site da Faculdade de Ciências Médicas (FCM)